Enquadramento
A reforma do ensino do desenho e a abertura de escolas de artes aplicadas à indústria foi a política de desenvolvimento adoptada pelos países da Europa industrializada, liderada pela Inglaterra, após a Exposição Internacional de Londres de 1851.
Paralelamente a este movimento, alguns artistas, entre eles William Morris, reflectem sobre as contradições suscitadas pela revolução industrial no campo artístico.
Na Inglaterra foi criado o Departement of Science and Art, que tinha em vista a educação técnica-artística e o seu complemento científico. Ao mesmo tempo foi criado o Museu de Kingston, que funcionava com uma escola central de arte com aplicação à indústria, donde saíam os programas e modelos a adoptar nas numerosas School of Arts espalhadas pelo país.
Em França surge, em 1864 a Union Centrale des Beaux-Arts Appliqués à L'Industrie, que adoptou um programa análogo ao Kensington Museum – uma Escola Central de Arte, com aplicação à industria, anexa a um museu. Em 1882 a Union Centrale des Beaux-Arts Appliqués à L'Industrie fundiu-se com a Union Centrale des Arts Décoratifs, cuja revista - Revue des Arts Decoratifs - iria desempenhar um importante papel nos anos noventa, num sentido algo diverso, do espírito do movimento das Arts and Crafts. A Áustria começara em 1863 a imitar o exemplo da Inglaterra.
Em Portugal nada disto acontecera. Em meados do século XIX , alguns estudiosos como Sousa Holstein e Joaquim de Vasconcelos, preconizavam a organização do ensino por modelos estrangeiros, nomeadamente os do South Kensington Museum de Londres, encontrando-se no caminho que estava a ser percorrido na Inglaterra, na Áustria e na América pelos “pioneiros do design moderno”.
O ensino técnico com aplicação à indústria, demarcando-se do ensino das Academias e estabelecendo uma nova relação entre as artes e a indústria, no sentido do movimento inglês das Arts and Crafts, só é verdadeiramente criado entre nós com a reforma do ensino empreendida por António Augusto de Aguiar.
A Reforma do Ensino Técnico levada a cabo pelo ministro António Augusto de Aguiar, assentava na criação de escolas industriais e de desenho industrial e dos Museus Industriais de Lisboa e do Porto.
Os Museus criados em Dezembro de 1883, destinavam-se à exposição pública de colecções de produtos e matérias-primas.
Em Janeiro de 1884, são criadas uma escola industrial na Covilhã e oito escolas de desenho industrial. Destas últimas, são criadas três em Lisboa; três no Porto, sendo uma no Bonfim (Escola de Desenho Industrial Faria de Guimarães), uma junto ao Museu Industrial e Comercial e outra em qualquer dos centros fabris do Porto; uma nas Caldas da Rainha e outra em Coimbra.
As escolas de desenho industrial teriam por fim ministrar o ensino do desenho exclusivamente industrial e com aplicação à indústria, para o que deveriam utilizar também como método de ensino o acerbo dos referidos Museus.
A reforma do ensino do desenho e a abertura de escolas de artes aplicadas à indústria foi a política de desenvolvimento adoptada pelos países da Europa industrializada, liderada pela Inglaterra, após a Exposição Internacional de Londres de 1851.
Paralelamente a este movimento, alguns artistas, entre eles William Morris, reflectem sobre as contradições suscitadas pela revolução industrial no campo artístico.
Na Inglaterra foi criado o Departement of Science and Art, que tinha em vista a educação técnica-artística e o seu complemento científico. Ao mesmo tempo foi criado o Museu de Kingston, que funcionava com uma escola central de arte com aplicação à indústria, donde saíam os programas e modelos a adoptar nas numerosas School of Arts espalhadas pelo país.
Em França surge, em 1864 a Union Centrale des Beaux-Arts Appliqués à L'Industrie, que adoptou um programa análogo ao Kensington Museum – uma Escola Central de Arte, com aplicação à industria, anexa a um museu. Em 1882 a Union Centrale des Beaux-Arts Appliqués à L'Industrie fundiu-se com a Union Centrale des Arts Décoratifs, cuja revista - Revue des Arts Decoratifs - iria desempenhar um importante papel nos anos noventa, num sentido algo diverso, do espírito do movimento das Arts and Crafts. A Áustria começara em 1863 a imitar o exemplo da Inglaterra.
Em Portugal nada disto acontecera. Em meados do século XIX , alguns estudiosos como Sousa Holstein e Joaquim de Vasconcelos, preconizavam a organização do ensino por modelos estrangeiros, nomeadamente os do South Kensington Museum de Londres, encontrando-se no caminho que estava a ser percorrido na Inglaterra, na Áustria e na América pelos “pioneiros do design moderno”.
O ensino técnico com aplicação à indústria, demarcando-se do ensino das Academias e estabelecendo uma nova relação entre as artes e a indústria, no sentido do movimento inglês das Arts and Crafts, só é verdadeiramente criado entre nós com a reforma do ensino empreendida por António Augusto de Aguiar.
A Reforma do Ensino Técnico levada a cabo pelo ministro António Augusto de Aguiar, assentava na criação de escolas industriais e de desenho industrial e dos Museus Industriais de Lisboa e do Porto.
Os Museus criados em Dezembro de 1883, destinavam-se à exposição pública de colecções de produtos e matérias-primas.
Em Janeiro de 1884, são criadas uma escola industrial na Covilhã e oito escolas de desenho industrial. Destas últimas, são criadas três em Lisboa; três no Porto, sendo uma no Bonfim (Escola de Desenho Industrial Faria de Guimarães), uma junto ao Museu Industrial e Comercial e outra em qualquer dos centros fabris do Porto; uma nas Caldas da Rainha e outra em Coimbra.
As escolas de desenho industrial teriam por fim ministrar o ensino do desenho exclusivamente industrial e com aplicação à indústria, para o que deveriam utilizar também como método de ensino o acerbo dos referidos Museus.
Natália Lobo
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